Geralmente quando o “caos” está instalado, o brasileiro tem mania de falar, “parece uma novela mexicana”, pelas bizarrices das cenas e pelos finais mirabolantes. Mas hoje em dia, a Venezuela pode tomar o posto nesta máxima.
Cada dia que passa, o seu presidente Nicolas Maduro, literalmente, mostra que ainda está verde no quesito “estadista” e confirma mais uma vez o fantasma de “caudilhos” populistas que insistem em perdurar na América Latina.
Sua nova trapaça, ops, estratégia, será combater a corrupção a qualquer custo. Imagina isso, excelente solução, e aproveitando o momento das condenações no caso do “mensalão” no Brasil, combater a corrupção na Venezuela já começa com a sua auto prisão, pois um já está preso na eternidade, ou pelo menos na triste história do país.
Com os novos anúncios de Maduro para reerguer sua popularidade, que por sinal está quase lá nos sete palmos, ele decretou rigor contra a corrupção. Mas para a população venezuelana gerou-se uma dúvida, como ele quer rigor, se a pior corrupção está diretamente ligada a ele e ao seu gabinete? Haja papel higiênico, ou melhor, haja importação de papel higiênico!
Com uma economia em declínio constante, ingerências contínuas do Estado sob a iniciativa privada, controle de preços de forma ditatorial, “mordaças” explicitas contra os meios de comunicação e qualquer um que se meta à “besta” de falar contra o governo,
Nicolas Maduro, percebe que o “defunto” só deixou encrencas, mas o pior, o mesmo parece ser o dobro do desastre “chavista”.
Além de suas visões que deixariam Kardec estupefato, Maduro insiste em desenvolver uma política ditatorial com visões utópicas e perdidas de um passado remoto, e assassino, além de criar um clima complicado e de insegurança jurídica e militar na América Latina, principalmente com o equipamento militar.
A Venezuela de Chávez e Maduro, na verdade é um país à parte, que vive de embustes (como diria na caserna), e de desrespeitos jurídicos, tanto interno, como também no ambiente internacional, haja vista o que o Brasil perdeu com as promessas do “defunto”. E, por sinal, até agora a missão brasileira não teve nenhum retorno da cobrança para os investimentos na Petrobras, por que será?
Acredito que até Fidel Castro deva se arrepender do alinhamento. Mas já que o petróleo ajuda, “eita” visão capitalista que ajuda o comunismo. Mas esta nova lei anticorrupção, na verdade é mais uma trapaça “chavista”, e não bolivariana, pois com os poderes para prender quem for necessário, mesmo que seja do partido, ou esteja no governo, o presidente Maduro ganha estrutura para governar através de decretos. Isto tudo é um grande trabalho de desinformação da sociedade venezuelana, que tanto perde na falta de recursos, nos altos índices de criminalidade e, principalmente, na falta de perspectiva de futuro.
Na visão do venezuelano mortal, a única perspectiva deles é uma só: “hoje parecemos o Egito, pois temos nossa Múmia”. Demétrio Magnoli, em excelente artigo na “Revista Política Externa” de julho de 2013 afirmou: “a decisão de mumificar Hugo Chávez foi tomada de improviso, após a morte do caudilho, o que a tornou inexequível”.
Lula e Dilma Rousseff confidenciaram que aquela iniciativa obedeceria à lógica de uma estratégia eleitoral. O diagnóstico estava essencialmente errado – e refletia o modo de ver o mundo dos dois líderes petistas. O intento mumificador expressava uma necessidade política vital dos herdeiros de Chávez que transborda a circunstância eleitoral. A lógica é muito simples, ou continuamos, ou “ferramos de vez o país”, do tipo, “já que vamos para o buraco, vamos todos juntos”. É o comunismo puro e simples. Um aparte: espero que esta visão “mumificadora” não se alastre no Brasil, veja o caso recente de João Goulart.
Nicolas Maduro tem um ano para recuperar sua popularidade, se começar pelo seu gabinete, ele não terá nenhum dia, mas pela lógica política e sociológica do social comunismo, o povo pagará uma conta bem cara, e o pior, na América Latina, o mesmo vira mártir e herói.
Triste fim para um país tão belo como a Venezuela e azar da América Latina que paga a conta pelo erro dos outros, principalmente o Brasil.
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