Cena 1 — Um cidadão entra numa loja do Jardim Botânico, compra um computador, paga no cartão e, quando vai receber a mercadoria, é avisado que não há o computador vendido. Ele teria que escolher outro modelo, pois aquele que comprou e pagou estava reservado para outra pessoa. Nada adianta recorrer à lógica e revelar o absurdo da situação. Existia o aparelho, a compra foi efetivada, mas o que foi vendido não podia ser vendido.
Cena 2 — Um cidadão compra uma cadela para o filho. A cachorra come o cartão do aparelho da TV por assinatura. A operadora NET é acionada e avisa que cobrará R$ 90 pelo cartão ter sido usado indevidamente. Nunca se imaginou que a cachorra comer a cartão fosse uso devido, mas custar mais do que a instalação de um ponto novo!
A empresa marca a data da visita para dali a dez dias. No dia, não vai. Alguém disse que a visita tinha sido cancelada, não se sabe por quem. Marcada nova visita sete dias depois. Ninguém aparece. Cancelaram porque o funcionário digitou o pedido errado. Mais sete dias. Trocaram o cartão e no outro dia ele já não funciona. Mais sete dias.
Cena 3 — Banco do Brasil no Centro. Cliente vai com o filho saber se o cartão pedido chegou. É informado que precisa entrar na fila do caixa, pois só ali obteria a resposta. Cinqüenta minutos em pé até chegar ao caixa, onde apenas dois bancários trabalhavam como loucos para atender quase 60 pessoas e outro tentava dar conta da fila de idosos e gestantes.
São cenas de um filme ruim, onde o vilão, que se dá mal no final, é o contribuinte ou o cliente que paga. É o Brasil. O cidadão sou eu mesmo, e cenas me lembraram um célebre discurso de Mário Covas quando se lançou à presidência da República: o Brasil precisava era de um choque de capitalismo. Até hoje!
Publicado em O DIA – 05/02/2009
moacir, ok, é o brasil ou parte do brasil – o rio de janeiro.
no rio os serviços sempre são pouco pior do q em são paulo ou no sul.