A crise econômica mundial tem a sua origem no mercado financeiro americano, em função de critérios como a redução da taxa de juros, endividamento exagerado da população, problemas regulatórios e até mesmo a ganância exacerbada dos executivos das grandes empresas, no recebimento dos bônus pelo desempenho por serviços prestados.
Para o governo americano, representado pela figura do atual Presidente Barack Obama e do Secretário de Tesouro, Timothy Gaitner, restou a tarefa de resolver a crise econômica daquele país, com a máxima urgência, para minimizar os desdobramentos para o mundo.
Neste caso, o mercado privado agradece ao setor público pela simbiose de funções e salvamento das empresas. No entanto, deve-se ressaltar que o capitalismo ainda é o melhor modelo para o desenvolvimento, necessitando somente de ajustes para o seu pleno funcionamento. Não é objeto para o mundo pensar em socialismo, terceira via ou outros modelos econômicos aleatórios e que venham a circular na contramão da história.
Porém, e se esta crise tivesse as suas origens no Brasil? Como os problemas seriam resolvidos? Qual a velocidade para o enfrentamento da crise? Quem são os nossos representantes públicos?
Para começar, a Presidência da República é representada por chavões como “marolinhas”, “olhos azuis” e outras referências grosseiras ao mercado, não adequadas ao posto, além da utilização da máquina pública como instrumento para a candidatura petista para as futuras eleições federais. Já o Senado, é a figuração plena do atraso e do clientelismo, com as cadeiras da presidência e da diretoria de infraestrutura ocupadas pelo passado recente do modelo inflacionário e do impeachment.
Logo, o cenário político nacional necessita de uma reforma urgente, devido à lentidão no processo de tomada de decisão e no seu deslocamento em relação à sociedade brasileira. Qualquer político deveria ser submetido ao mais severo processo de seleção, como nas melhores empresas privadas, trazendo consigo diplomas, experiência prévia e ser cobrado, no mínimo, por medidas de desempenho. No entanto, para ser político hoje basta simplesmente a carteira de identidade, o cadastro de pessoas físicas e boa vontade.
Enquanto isto, o Brasil passa por problemas na sua infraestrutura básica, com desdobramentos nas exportações, na política cambial e na redução das receitas das empresas. Como resposta ao ambiente problemático de mercado, resta às organizações demitir seus funcionários, em busca da sobrevivência e dinheiro em caixa.
Atualmente, chama atenção o funcionalismo do governo do Estado de Minas Gerais, empregando metas e políticas de desempenho aos servidores estaduais. Apesar da inovação, a resistência pública é latente. Seria interessante para o meio público uma renovação na sua prestação de serviços, com benefícios para a sociedade como um todo, envolvendo indivíduos e empresas. Seria interessante até mesmo para o governo, sendo mais eficiente na arrecadação de impostos, na oferta de educação, saúde e saneamento básico.
Iniciativas pioneiras como as da Fundação João Pinheiro e da Fundação Dom Cabral na criação de cursos estratégicos para a administração pública são bem vindos como um primeiro passo para se repensar o futuro da economia e do bem estar social. Mas, essencialmente, espera-se uma renovação das práticas públicas e da sua interação com o mercado privado.
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