O caso Pedrinhas no Maranhão não é único, mas escancara o padrão Fifa de violência no Brasil. Mas o pior é o governo inapto que toca este problema, Sarney. Só isso responde. Em todos os Estados do Brasil, não existem modelos efetivos, e a violência cresce exponencialmente e sem solução aparente. Logo, logo teremos o padrão COI de violência. Só lamento que hoje, em janeiro de 2014, eu já deseje um feliz 2015!
Mas o pior, e o governo federal tem culpa direta nisto, é a desinformação da sociedade. O jornal digital Brasil 247, seja pelos patrocínios ou até pela aritmética, e que, você sabe, pertence ao governo, questiona a sociedade brasileira se a família Sarney merece ser “malhada” sobre o caso Pedrinhas. Literalmente, isso é brincar com a inteligência do Brasil. É dar um tapa na cara da sociedade. E a justificativa do veículo é simples: a tragédia já aconteceu em outros Estados e nem por isso foram malhados. Meu Deus, até quando aceitaremos este discurso eleitoreiro e estuprador da razão humana?
Os políticos que imperam até hoje no Brasil são verdadeiros “Judas” da sociedade brasileira e devem ser malhados como os valores culturais mandam. Esses mesmos “Judas” malham todos os dias os cofres públicos, malham as necessidades humanas e, principalmente, os valores fundamentais enquanto seres humanos.
É duro ver lagostas, caviares, implante de cabelos, festas de casamentos, entre outros desfavores da sociedade em prol de “Baco”, e sustentar uma parcela nada produtiva, enquanto a sociedade brasileira vive no limbo e em condições pífias. Olha que nem falo da classe tão odiada por Marilena Chauí, mas de um Brasil que nem consegue imaginar o que é Copa do Mundo ou até mesmo entender que buchada de bode tem o mesmo sabor que caviar, como no Ceará. Essa mesma sociedade brasileira que é limitada pelo Bolsa Família — e não por um processo de inserção com educação, formação e fomento do BNDES em cooperativas agrícolas produtoras, ou polos de inovação tecnológica, ou até mesmo o modelo do Prêmio Nobel, Muhammad Yunus — responde aos anseios governamentais de 4 em 4 anos. Por exemplo, diversos produtos de merchandising da Copa do Brasil estão sendo produzidos na China. Por que não são produzidos por cooperativas com isenção de tributos e investimentos do BNDES no Nordeste e no Norte do país? Bom, já aprendemos. Na Copa, a Fifa ganha e a China também, e o Nordeste do país continua vivendo na pobreza e com Bolsa Família.
Outro descalabro da sociedade brasileira: nós temos um Ministério dos Direitos Humanos, que literalmente não atua sobre os direitos humanos. Até agora a ministra Maria do Rosário não demonstrou um mínimo de compaixão com as diversas mazelas que acontecem no Brasil. Veja a quantidade de estupros, violências domésticas, assassinatos em massa, violência nos presídios, violências gratuitas no dia-a-dia das cidades. No caso de Pedrinhas, até agora a ministra não esboçou um ponto de reação, nem para a criança de 6 anos morta em decorrência dos atentados ordenados por um marginal de dentro da cadeia de Pedrinhas no Maranhão. Ah, a ministra está de férias, e a governadora do Maranhão comprando lagostas. O Ministério dos Direitos Humanos tem um orçamento anual de R$ 320 milhões. Fica a dúvida, o que esta senhora ministra faz com isso? Será que não é mais prudente investir tudo isso em educação ou, pelo menos, em um ministério de professores? Será que tudo isso junto não gera um coletivo de “Judas”?
Aí me pergunto, quem será mesmo que está sendo malhado? O povo brasileiro ou os diversos “Sarneys”, “Malufs”, “Renans” e outros ultrajantes da política brasileira?
Ou o Brasil se comporta como um Estado Democrático de Direito ou vive sobre uma sombra constante da ditadura. Hoje vivemos sob um estado ditatorial velado. Para ser ditadura, não precisa ser militar. Haja visto os casos de Hitler, Stalin, Mao e Fidel Castro.
Depois de lagostas, violências gratuitas, um ano de 3 meses produtivos, uma Copa que parece mais uma antessala e um momento eleitoral complicado, será que nós brasileiros temos o dever de malhar o “Judas”? Ou seremos eternamente aliados a “Barrabás”, ou tomar a postura de Pilatos? Lavemos nossas mãos.
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