Políticos e acadêmicos socialistas têm o hábito de julgar um sistema político com base em características humanas. Deriva daí o que se encontra, vez por outra, na grande mídia falando de capitalismo sendo perverso ou do socialismo sendo promotor da igualdade. Estes conceitos, apesar de serem de fácil assimilação, e pior, de fácil divulgação, são inadequados. Na verdade, tais conceitos geram problemas semânticos e pragmáticos. Comecemos pelos de ordem semântica. Um sistema não tem vontade, ele não escolhe ser mau ou bom, nem a quem prejudicar. Quem faz isso são as pessoas e, em qualquer lugar, sempre houve pessoas boas ou más. O capitalismo só se torna perverso quando gerido por pessoas perversas; como o capitalismo é gerido por todos através de trocas voluntárias no livre-mercado, só há a possibilidade do sistema provocar efeitos perversos se as pessoas do sistema assim o forem e, além disso, se conseguirem se coordenar para a consecução dos fins ditos perversos. O socialismo, por sua vez, só pode ser de fato promotor da igualdade se o governo socialista tiver esta intenção e a capacidade de planejar, organizar e coordenar todos os agentes econômicos do sistema. Em termos pragmáticos, o capitalismo não se mostrou perverso nem bonzinho. Apenas eficiente. Privado dos princípios de liberdade e estado de direito, o capitalismo se transforma apenas em um sistema de redistribuiçao de renda dos mais pobres para uma elite estatal. O socialismo em termos práticos se mostrou menos eficiente do que qualquer variante do capitalismo. Não só isso, mas propiciou aos seus dirigentes poder absoluto sobre a economia do país. Como diria Lord Acton, o poder absoluto corrompe absolutamente. E assim sucedeu com as economias socialistas. Não há exemplo melhor para ilustrar as discrepâncias entre os dois sistemas do que as duas Coréias. Apesar da mesma cultura, uma optou pelo livre-mercado e pela democracia e hoje colhe os frutos com ótimos índices de educação, crescimento e produtividade. A outra permaneceu nas mãos de um “grande líder” incapaz de organizar o sistema econômico do país. O resultado é miséria, corrupção e atraso.
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