Numa lista de 133 países, o Brasil aparece na 42ª posição na edição de 2015 do Índice de Progresso Social (IPS), ranking global de desenvolvimento social e ambiental. A classificação põe o Brasil à frente dos demais países do Brics, o grupo que reúne as maiores economias emergentes (China, Índia, Rússia e África do Sul, além do Brasil). Os resultados da edição deste ano serão divulgados oficialmente nesta quinta-feira pela ONG americana Social Progress Imperative (SPI). Os três primeiros lugares do ranking geral são ocupados, respectivamente, por Noruega, Suécia e Suíça. Em último, aparece a República Centro-Africana.
Na edição de 2014, o Brasil figurava na 46ª posição, mas o fato de ter subido quatro colocações na escala não significa que o país avançou na mesma proporção. O levantamento deste ano avaliou um número maior de países e de variáveis, segundo a SPI. O Índice de Progresso Social avalia indicadores divididos em três grandes áreas: necessidades humanas básicas, fundamentos de bem-estar e oportunidades.
Na análise dos resultados, o SPI observa que, embora o Brasil apareça no grupo considerado de países com “alto-médio progresso social”, fica apenas na 62ª posição no quesito educação superior e na 122ª em segurança social. Neste último item, o país é considerado inseguro não apenas pelo alto índice de homicídios e crimes violentos, mas também em decorrência do alto número de mortes no trânsito. Quanto à posição em educação superior, a conclusão do estudo é que uma brasileira tem, em média, três anos a menos de escolaridade do que uma mulher dos Emirados Árabes, por exemplo.
Entre os países da América Latina e do Caribe, o Brasil ocupou o sexto lugar, ficando atrás de Uruguai (que ficou em 24º no ranking geral), Chile (26º), Costa Rica (28º), Argentina (38º) e Panamá (41º). Entre o Brics, na 42ª posição, o Brasil se distanciou, ficando bem à frente de África do Sul (63º), Rússia (71º), China (92º) e Índia (101º).
Em itens como Saúde e Bem-estar, o Brasil ficou em 34º, mas o relatório destaca que o país ainda tem uma das mais altas taxas de obesidade, quando comparado a nações com PIB per capita similar. Quando se trata de acesso à informação e à comunicação, o país ficou em 54º, com taxa de acesso à internet mais baixa que as de Líbano, Arábia Saudita e Marrocos.
Fonte: O Globo.
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