O controlador-geral da União, Jorge Hage, afirmou que 28 organizações não governamentais (ONGs) que assinaram convênios com o Ministério do Trabalho em 2013 e 2014 apresentaram “indícios graves” de irregularidades. Segundo Hage, um total de 2.690 ONGs estão impedidas de se conveniarem ao governo, em qualquer esfera.
Hage mostrou os dados na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Foram convocados Manoel Dias, ministro do Trabalho, pasta envolvida nas investigações da CGU, e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência.
– Há um volume crescente excessivo de prestações pendentes, de 977 em 2011 para 1.075 em 2012. São R$ 4,9 bilhões sem avaliação de regularidade – disse o controlador-geral.
Hage apontou que convênios eram renovados mesmo sem prestação de contas. Segundo a CGU, 4,6 mil agentes públicos já foram afastados durante o governo Dilma por irregularidades.
“A CGU indicou, a pedido do MTE, 28 entidades onde foram identificadas irregularidades graves”, diz um trecho do documento da CGU. Dessas 28 ONGs, 18 se encontram inadimplentes e, em 17, foram instauradas tomadas de contas especiais. O documento aponta que haverá “continuidade da adoção de providências para avaliação das prestações de contas em estoque”. A CGU instaurou 192 processos no Ministério do Trabalho em três anos.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, se defendeu das acusações:
– Eu falo desde que cheguei ao ministério que nenhuma dessas acusações são sobre a minha gestão. Não quero culpar ninguém, mas na minha gestão não ocorreu nenhum dos fatos relatados. Eu quero apenas usar o direito de me defender, que aqui nesta Casa estou tendo a oportunidade, porque fora daqui eu não tive.
Fonte: O Globo
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