Economia da região Sudeste teve a maior contração do país, segundo BC

Recuperação da agricultura no Nordeste ajudou a melhorar o resultado nacional no período

A recuperação da agricultura no Nordeste após dois anos de clima desfavorável ajudou a melhorar a atividade econômica no país no trimestre encerrado em maio, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central. De acordo com o IBC-Br, índice de atividade do BC, a economia avançou 0,3% no período encerrado em maio, na comparação com o mesmo período terminado em fevereiro, quando havia recuado 0,8%. A recuperação foi mais fraca na região Sul, mas a economia da região Sudeste foi a que teve maior contração no período, de 0,4%.

“Para os próximos trimestres, as perspectivas apontam expansão moderada das economias regionais”, afirmou o BC no boletim.

A atividade econômica da região Sudeste, no trimestre encerrado em maio, recuou 0,4% na comparação com o trimestre finalizado em fevereiro. Segundo o BC, a economia da região foi afetada pela retração nas vendas varejistas e pela diminuição na criação de postos de trabalho formais. Segundo o banco, a tendência para os próximos trimestres é de retomada, favorecida pela “preservação de condições favoráveis no mercado de crédito e as perspectivas de atividade global mais intensa”.

No Nordeste, o ritmo de crescimento foi mantido acima da média nacional no trimestre, com destaque para o comércio varejista, o setor industrial e, principalmente, a agropecuária. A atividade da região avançou 3,6% no trimestre, em relação ao encerrado em fevereiro, quando aumentou 1,2%.

Para os próximos trimestres, entretanto, o BC espera moderação na atividade nordestina, em cenário de arrefecimento das vendas varejistas, da produção fabril e das contratações no mercado de trabalho.

No Sul, a atividade recuou 0,1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao trimestre finalizado em fevereiro, quando aumentara 0,2%. No Centro-oeste, avançou 0,3% em relação ao trimestre terminado em fevereiro, quando recuara 0,4%. No Norte, a expansão foi de 0,4%, enquanto, em fevereiro, havia crescido 0,6%.

Fonte: O Globo