Campanha eleitoral funciona quase como uma empresa. O partido ou a coligação têm receitas, oriundas de repasses do fundo tributário ou de doações de pessoas, e despesas, com a propaganda na TV, na rádio, na internet, além de jornais e revistas. Você já sabe que, quanto mais o candidato gasta, maior a chance de ser eleito. Foi assim em 17 das 26 capitais brasileiras no primeiro turno das eleições municipais deste ano. Mas há exceções. Como uma empresa, se a despesa na propaganda for mal empregada ou se o produto – no caso o candidato – for ruim ou tiver uma rejeição alta, a campanha eleitoral é ineficiente.
ÉPOCA acessou os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e separou as despesas de cada um dos cinco candidatos mais votados em todas as capitais no país. Depois dividiu a quantidade de dinheiro gasta pela quantidade de votos obtidos. Chegou ao “custo por voto”. No cenário ideal, um bom candidato termina a campanha com as contas positivas e se elege, ou não, sem estourar as despesas. O cálculo é um modo de medir quem chegou perto ou passou muito longe disso. No quadro abaixo, confira os dez candidatos mais ineficientes, com os maiores custos por voto, das eleições municipais deste ano.
João Alves (DEM), em Aracaju, gastou R$ 88,35 para cada voto que conseguiu – e mesmo assim ficou fora do segundo turno. Aparece depois dele o petista Zé Roberto, derrotado em Palmas. Se você, então, supor que apenas candidatos de capitais menores serão listados, vai se enganar. Os candidatos do PT e do PMDB em Belo Horizonte, Reginaldo Lopes e Rodrigo Pacheco, são o terceiro e o quarto mais ineficientes. Alguns dos mais ineficientes também conseguiram. Carlos Amastha (PSB) em Palmas e Emanuel Pinheiro (PMDB) em Cuiabá estão entre os dez custos por voto mais altos. O primeiro foi eleito em primeiro turno e o segundo foi ao segundo turno. A lista indica, em todo caso, quem fez mau negócio durante a campanha.
Fonte: Época.
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