A desaceleração dos mercados emergentes não é o começo do fim de uma bolha, mas sim uma mudança de rumos para a economia mundial
Após uma década de aceleração do crescimento, na qual eles lideraram o boom global e puxaram a economia global a reboque durante a crise financeira, os gigantes emergentes começaram a desacelerar acentuadamente.
A China precisará de sorte para atingir a sua meta oficial de 7,5% de crescimento em 2013, nível muito distante das taxas de dois dígitos com as quais o país se acostumou nos anos 2000. O crescimento na Índia (cerca de 5%), Brasil e Rússia (cerca de 2,5%) mal atinge a metade dos níveis do auge recente. Coletivamente, os mercados emergentes podem atingir (por pouco) a ritmo de 5% do ano passado. Isso soa rápido comparado aos morosos países ricos, mas é a expansão mais lenta dos países desenvolvidos em uma década, salvo por 2009, quando os países ricos entrarem em recessão.
Isso marca o fim da dramática primeira fase da era dos mercados emergentes, quando a participação de tais países saltou de 38% para 50% do PIB mundial (medido em paridade de poder de compra) ao longo da última década. O efeito imediato dessa desaceleração será administrável, mas o impacto de longo prazo na economia mundial será profundo.
A Grande Desaceleração significa que as vigorosas economias emergentes não mais compensarão as deficiências dos países ricos.
Fonte: Opinião & Notícia (Retirado da “The Economist”)
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