A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) encerrou o ano 2013 em 5,91%, acima do registrado em 2012, quando o percentual foi de 5,84%. Em dezembro, a inflação ficou em 0,92%, a maior variação desde abril de 2003, quando o índice apurou alta de 0,97%. A mediana das projeções pela agência Bloomberg era de uma inflação de 0,82% no último mês do ano.
Alimentos e bebidas tiveram o maior impacto em 2013, com alta de 8,48%. Sozinho, o grupo deteve 2,03 ponto percentual, ou 34% do índice. Os alimentos fora do domicilio subiram 10,07%, mais que 2012, quando a alta havia sido de 9,51%. A refeição fora de casa liderou os impactos individuais, com 0,47 ponto de peso.
Os serviços subiram 8,75% no ano. O grupo repetiu o patamar de 2012, quando a alta fora de 8,74%. Entre os itens que ficaram mais caros estão alimentação fora do domicílio (10,07%), aluguel residencial (12,01%) e condomínio (8,57%).
Foi a quarta vez consecutiva em que a inflação fica acima do centro da meta anual perseguida pelo Banco Central (BC) que é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para baixo ou para cima. A taxa ficou acima das expectativas dos principais bancos e consultorias que giravam em torno de uma alta de 5,81%, segundo a agência Bloomberg.
A alta de preços foi sentida em alimentos e serviços. Os alimentos pesaram mais no bolso dos brasileiros de baixa renda, enquanto os serviços, que têm peso maior no orçamento das famílias mais ricas, também subiram com força.
Para 2014, boa parte dos especialistas vê um “efeito Copa” de alta dos preços de passagens aéreas e hotéis. Já alimentos e serviços deverão sair de cena. O calendário eleitoral deve coincidir com o avanço dos preços. O IPCA acumulado em 12 meses deverá subir a partir de maio e chegar ao pico em setembro, ou seja, às vésperas do primeiro turno das eleições.
Fonte: O Globo
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