A tendência dos mercados é de baixa, não tem jeito. Nesta quarta-feira não foi diferente, com as bolsas de valores caindo fortemente, tanto no Brasil como no exterior. Nenhum dos grandes pacotes anunciados pelo governo Obama foram suficientes para aplainar o ânimo dos mercados, ainda em firme rally de vendas.
Para piorar, os indicadores continuam críticos, como a construção de novas residências (Housing Starts), em 466 mil, aquém das expectativas, a queda da produção industrial norte-americana em 1,8% em janeiro e a previsão da ata do Fed de uma recessão nos EUA, com a economia recuando entre 0,5% e 1,3% neste ano de 2009.
Nas negociações com as grandes montadoras, seus planos de reestruturação previam um corte de 50 mil empregados neste ano ao redor do mundo, mas pouco se conjecturou sobre a necessidade de se criar um modelo de gestão com automóveis menores e mais econômicos. A GM, depois de usar US$ 13,4 bilhões em dezembro, junto com a Crysler e a Ford, estaria pedindo agora US$ 16,6 bilhões para conseguir atravessar o restante deste primeiro quadrimestre. O governo Obama estuda as alternativas, mas cresce a possibilidade de uma das destas empresas, mais provável a GM, vir a declarar concordata, baseada na capítulo 11 da Lei de Falências norte-americana, o que dá um fôlego para o saneamento das suas finanças.
Falando de execução de dívidas, o governo Obama anunciou também um pacote para o setor imobiliário, visando solucionar o risco de insolvência para cerca de 9 milhões de mutuários. Serão US$ 75 bilhões para as famílias endividadas e US$ 200 bilhões para as agências hipotecárias, no caso, Fannie Mae e a Freddie Mac.
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