Transformado em “superstar” da economia após a publicação de seu estudo sobre o aumento da desigualdade, “Capital no século 21”, o economista francês Thomas Piketty está na berlinda. Uma reportagem do “Financial Times” aponta que a tese de 577 páginas de Piketty contém “uma série de erros que afeta suas descobertas”.
O “FT” afirma ter descoberto no trabalho do francês “erros e dados inexplicados em suas planilhas, similares às que enfraqueceram o trabalho sobre dívida pública e crescimento de Carmen Reinhart Kenneth e do ex-secretário de Tesouro americano Kenneth Rogoff”.
O argumento fundamental do livro de Piketty, que tem estado no topo das listas de best-sellers, é de que a imensa maioria da riqueza mundial está nas mãos de poucos e que desigualdade mundial voltou aos níveis encontrados antes da Primeira Guerra.
“O professor Piketty fornece fontes detalhadas para suas estimativas da desigualdade de riqueza na Europa e nos EUA nos últimos 200 anos. Em suas planilhas, no entanto, há erros de transcrição das fontes originais e fórmulas incorretas. Também parece que alguns dados foram escolhidos cuidadosamente ou construídos sem uma fonte original”, diz o “Financial Times”.
— Não tenho dúvidas de que minha série histórica de dados pode ser aprimorada e vai ser aprimorada no futuro… mas eu ficaria bastante surpreso de qualquer conclusão substantiva sobre a evolução no longo prazo da distribuição de riqueza fosse muito afetada por estes aprimoramentos — rebateu Piketty ao “FT”.
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