Em entrevista exclusiva para o Instituto Millenium, o engenheiro eletricista Roberto Pereira D`Araujo, ex-chefe de departamento em Furnas Centrais Elétricas, explica os problemas do sistema de energia do Brasil, fala sobre os riscos de racionamento e comenta o posicionamento do governo em relação à crise do setor. Segundo D’Araújo, também especialista do Imil, a falta de chuva só agravou um quadro negativo, cujos efeitos eram previstos desde 2010. O sistema de hidrelétricas tem sido cada vez mais exigido. “Usamos demais os reservatórios”, diz ele, acrescentando que as térmicas têm um custo alto demais no Brasil, onde a energia já é cara. De 1995 a 2014, a taxa de energia subiu 80%, descontada a inflação. Atualmente, os brasileiros pagam três vezes mais do que o Canadá, por exemplo, que também tem um sistema baseado em usinas hidrelétricas. Sobre a possibilidade de racionamento, o engenheiro acredita que quanto mais o governo demorar a agir, mais grave poderá ser a medida. E alerta: é preciso economizar energia. Assista e comente
Crise de energia: governo demora a agir
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A planta de geração de energia elétrica no Brasil esta defasada em pelo menos 50 anos, pois a população cresceu neste período e acreditou-se que o clima poderia ficar estável facilitando o fornecimento hídrico das reservas, coisa que não ocorreu, e agravado pela burocracia retardada para as novas geradoras, nos encontramos numa armadilha, por falta de planejamento básico.
O setor elétrico tem que crescer o dobro do crescimento previsto da população, sob pena de crise crônica de desabastecimento.